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(10/11/09) Priorizar a formação e o conhecimento. A certificação faz isso?


Na área de TI, hoje em dia tem empresa que abre vaga de emprego, trabalho ou projeto e exige uma certificação “ACME” e nada fala sobre curso superior completo. Ou então coloca que o candidato pode “estar cursando” um curso superior. Vejam, um calouro de uma faculdade estaria “cursando” e se tiver a certificação “ACME” poderia enviar seu currículo.

Bem, na área de TI, qualquer um pode se aventurar. Basta ser esperto, ler uns livros (será que precisa mais de um?), saber mentir ou não contar todas as verdades na entrevista e começar a trabalhar. Faculdade pra quê? Opa, o emprego está ruim, melhor fazer um upgrade no CV e tirar uma certificação e partir pra outra – certificação tem sido muito valorizada. Precisa ter muita experiência e muito conhecimento ou bastariam saber uns “macetes”, uns sites que contam o que pode “rolar” no exame de certificação?

Mas o que é uma certificação? É um certificado emitido por uma empresa que defende, antes de mais nada, seus próprios interesses. E ganha dinheiro com a certificação, ou se não ganha, faz com que o examinado gaste com esse tipo de coisa. E o que prova uma certificação de uma empresa? Prova que o sujeito apresentou, num determinado dia, um conhecimento adequado sobre um produto que a empresa vende e que, provavelmente, domina um pouco de inglês. E se o produto sair ou perder força no mercado (NetWare da Novell, FoxPro, dentre outros...)? Bem a certificação foi válida por um tempo e é isso aí.

Não quero dizer que certificação tem sido indevidamente valorizada – eu mesmo tenho várias. Mas, que tal as empresas passarem a valorizar mais o conhecimento fundamental, a base, o diferencial que faz o profissional aprender novas técnicas, sempre que necessário, e atingir resultados adequados. E pararmos de gastar dinheiro com as “ACME”s da vida. Será que não vale a pena, pelo menos, pensar a respeito?

Na WEBINT só pedimos certificação para algum candidato, se o cliente exigir. Não vamos conseguir mudar o mundo mas, podemos tentar de vez em quando. Valorizamos mais a formação, o potencial, o conhecimento e a experiência.


Luciano Gonzaga Leme – sócio-proprietário da WEBINT, mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP), pós-graduado em Engenharia de Software (UNICAMP), administrador (FEA-USP) e engenheiro (POLI-USP). Atua há mais de 20 anos em desenvolvimento e integração de sistemas em grandes empresas. Também ministra cursos e disciplinas de Sistemas de Informação e Administração em faculdades ou centros educacionais. Trabalha buscando eficiência e minimização de custos no desenvolvimento de sistemas e na gestão empresarial.

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